É aquela névoa fina e úmida que às vezes paira sobre as cidades do litoral, flutuando ao longo da costa. Esse spray é formado por bilhões e bilhões de gotículas de água do mar, que sobem ao ar toda vez que uma onda arrebenta na praia. O problema é que as gotículas não são de água pura. Afinal, o oceano é um caldo com um pouco de tudo dentro, principalmente sais. Por causa deles, a maresia enferruja carros, emperra portões e racha vigas de concreto. Como isso acontece? Para que qualquer coisa enferruje, é preciso que átomos de ferro se unam ao oxigênio do ar, em uma reação conhecida como oxidação. Esse casamento só ocorre quando alguma substância cria um caminho para que os elétrons dos átomos de ferro se liguem aos de oxigênio. No caso da ferrugem convencional, a água pura faz muito bem esse papel – a diferença é que, na praia, as gotinhas são turbinadas com sais, que ajudam a transportar os elétrons com muito mais facilidade, acelerando o processo de corrosão.
Outro inconveniente da maresia é a própria água. A umidade, aliada às temperaturas mais altas das regiões litorâneas, favorece o crescimento de mofo nas casas, Mas a dor de cabeça não pára por aí: como as gotículas também são carregadas de partículas de sujeira, como argila, material orgânico decomposto e seres microscópicos, o spray úmido pode criar uma crosta difícil de limpar em janelas, óculos e pára-brisas.
Fonte: https://super.abril.com.br
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