O estado de Santa Catarina possui o litoral com os melhores pesqueiros da região Sul do país. No inverno grandes cardumes de anchovas, bicudas e olhetes frequentam as regiões com ilhas, parcéis, lajes, naufrágios e cascalhos, com destaque para São Francisco do Sul, Barra do Sul, Camboriú, Florianópolis, Itapirubá, Laguna, Jaguaruna, entre outras cidades. Nesses locais também são capturadas grandes garoupas. Jaguaruna a cerca de 50 km ao sul de Laguna está se despontando como um excelente pesqueiro dos grandes predadores do mar.
O melhor local para pesca em Jaguaruna está no balneário Campo Bom, que possui 900 metros de orla marítima. A história deste balneário é outro ponto de destaque. Em suas águas já ocorreram vários naufrágios causados principalmente por um traiçoeiro parcel (laje de pedra em auto mar). Localizada a 10 Km da costa, esta laje é conhecida como a pedra do Campo Bom. Neste local, naufragaram embarcações como o navio Rio Pardo, de Giuseppe Garibaldi. Após o naufrágio, ocorrido, em 15 de julho de 1839, Garibaldi e sua tripulação nadaram até a praia e caminharam até o local que hoje é conhecido como
balneário Camacho. Ali tomaram outra embarcação, o Seival, no qual navegaram entrando pela barra do Camacho e indo até Laguna. Lá surpreenderam e derrotaram as forças imperiais, que os esperavam pelo mar, ocasionando o feito conhecido como a Tomada de Laguna. Também merece destaque o naufrágio neste mesmo local, do vapor de guerra Pernambucana, em 1853; o navio alemão Sieglind, em 1893; e o cargueiro Gravataí, em 1972. A grande estrutura do parcel Campo Bom, com suas várias pedras e naufrágios, forma um dos melhores pesqueiros dos gigantes olhetes e garoupas do Sul do Brasil. Para aproveitar o grande potencial de pesca da região, a Carapira Floripa Pesca Esportiva adquiriu uma lanha Fly Fishing 29’ com dois motores 175hp que fica sediada em Laguna. De acordo com o capitão Walter Oliveira, guia profissional de pesca da Carapira Floripa, a pessoa que experimenta a pescaria do olhete pela primeira vez se apaixona, pois o peixe parece um torpedo pela sua força e velocidade. Em pescaria recente Waltinho e seus amigos Dante, Ari, Silvinho e Janaina pegaram muitos olhetes acima de 10 kg e belas garoupas. “Após percorrermos os pontos (waypoints), conseguimos encontrar um grande cardume de olhetões. Era abaixar jumping jig e começar a trabalhar para o peixão engatar. A partir daí, era emocionante ver o amigo suando para dominar o bichão, pois quando fisgado, o olhete
mergulha a toda força para o fundo a procura de estruturas para se livrar. O pescador tem que ser determinado e paciente para vencer a batalha”, comenta Waltinho. Segundo o guia, para encontrar o olhete, é muito importante o auxílio de um sonar (fishfinder) para localizar cardumes e posicionar a embarcação em cima dos parcéis e estruturas. O barco deve ficar sempre com a proa em direção a força d´água. “Na pescaria de olhete com jummping jig, é mais indicado o uso de molinete, que tem que ser resistente, pois ele consegue fazer a isca descer ao fundo e subir mais rapidamente que a carretilha. O olhete não resiste a um jumping jig que passe em sua frente em alta velocidade”, ensina.
Fonte: pescadinamica.com.br
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